Bummer Love

Bummer Love

Which gloomy songwriter wrote these lyrics?

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Direto da colônia

Meu Tio, o Luciano Kayser, está na Alemanha e gira e mexe, ele brinda com belas cervejas.
Vou colocar aqui a postagem original dele.

"Atendendo aos pedidos do Renã , aí vão mais três cervejas. As duas primeiras, douradas, são do tipo Kölsch, a cerveja de Colônia, bebidas lá mesmo, Às margens do Reno. A Mühlen é do Wirtshaus-Schwejk, um bar com as paredes decoradas com cartuns, aparentemente originais, do The Good Soldier Švejk, personagem símbolo da República Tcheca, desenhado por Josef Lada.
A Gaffel é melhor e foi servida em um lugar mais alto astral, a Gaffel am Dom, uma cervejaria muito movimentada, ao lado da belíssima Catedral de Colônia, declarada Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO. A Diebels é uma Altbier, a cerveja típica de Düsseldorf, bebida, por enquanto, apenas em Bielefeld. Há uma rivalidade entre as duas cidades, que inclui as cervejas. Dizem que alguns anos atrás, um sujeito poderia tomar umas biabas se pedisse uma Kölsch em Düsseldorf ou uma Altbier em Colônia." 

É isso garela! Desculpem a minha super ausencia no blog, mas estou com problemas pessoais que estão me deixando um tanto que sem ânimo...

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Cervejas Diabólicas


O ano está acabando e eu me esquecendo de postar aqui no blog... 
Enfim, vamos ao que interessa! Dias atrás, postei uma foto da cerveja Deus e logo perguntaram: "Não tem a Diabo?" e a resposta é sim, tem e várias! Então vamos celebrar com cervejas diabólicas!  Opa.. não.. Afinal já falei que cerveja é coisa divina, mas vamos para estas cervejas que são bem inusitadas!


Diabólica, uma cerveja artesanal de Curitiba que para ser um produto com conteúdo para boca-a-boca teve um toque de gênio do mestre cervejeiro. Ele buscou um teor alcoólico de 6,66%. Não 6,65 e nem 6,67. 6,66%. Genial!


Diabo, demônio, belzebu, satanás, lúcifer. Estes são apenas alguns dos nomes que se utilizam para designar o maligno, mas o que é que isto tem a ver com cerveja ? Se dissermos que diabo em flamenco se diz Duvel, já começa a fazer algum sentido!


A Duvel é uma das mais famosas cervejas do mundo, de grande qualidade e definidora de um estilo. De fato, esta marca é muitas vezes utilizada em provas internacionais como a cerveja de referência para as Belgian Strong Ales. Pode haver melhores e também pode haver piores mas é a partir da Duvel que se define o que é que está acima ou abaixo. É uma situação semelhante ao que acontece com a Pilsner Urquell, que define o estilo pilsener.

A origem desta cerveja remonta a 1918, ano em que Albert Moortgat decide criar um produto alusivo à vitória dos Aliados na 1ª Guerra Mundial. Com o nome de Victory Ale, esta bebida teve logo algum sucesso e subsistiu com essa designação até 1923. Nessa altura, um amigo de Moortgat experimentou a cerveja e saiu-se com a expressão "nen echten duvel", que em português significa algo como "que diabo de cerveja". Não sabemos as circunstâncias que se seguiram, mas o que é certo é que a Victory Ale se passou a chamar Duvel, nome que permanece até aos nossos dias.

A Moortgat é uma pequena cervejeira independente belga que, apesar do seu tamanho, tem uma excelente distribuição e fortes preocupações comerciais. Para além da Duvel, produz também as excelentes Maredsous e as já não tão boas St. Sebastiaan, entre outras. No entanto, a Duvel é a marca-âncora desta empresa, representando entre 80 a 85% do total de vendas. Esta cerveja tem um aspecto magnífico que é realçado quando servida no copo adequado, um copo Duvel em formato de tulipa que permite o correcto desenvolvimento da fantástica espuma. Deve-se frisar que estamos em presença de um produto mais de degustação do que propriamente para matar a sede, já que os 8,5% de álcool não perdoam os mais incautos.

Curiosamente, o sucesso comercial da Duvel atraiu outras empresas que, aproveitando a fama do nome, criaram produtos similares e que,dada a sua designação, facilmente são associadas àquela marca. Assim, foram surgindo ao longo dos anos marcas como as francesas Belzebuth (da Brasserie Grain d'Orge) e Bière du Demon (da Les Brasseurs De Gayant), as belgas Judas (da Brasserie Union), Satan (da De Block Brouwerij) e Lucifer (da Riva Brouwerij), a italiana Demon Hunter (da Birrificio Montegioco) e várias americanas das quais se destacam a Horny Devil (da Ale Smith Brewing Company) e a Rapscallion Premier (da Concord Brewery) - note-se que rapscallion significa em inglês pessoa má ou alguém que faz mal deliberadamente.




Muitas outras se podiam enumerar mas parece-me que estas são suficientes para demonstrar a importância do nome Duvel e a plêiade de cervejas do estilo Belgian Strong Ale que surgiram a partir dela.

Para quem quiser degustar mais cervejas demoníacas, outro rótulo obrigatório é a canadense Maudite,da cervejaria Unibroue. O rótulo traz uma barca voadora levando pobres almas diretamente para o inferno, logo acima de um satisfeito diabo. O líquido é sensacional, simplesmente a cerveja que mais remete a damascos que conheço.


Apreciem essas delícias "amaldiçoadas"

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Cerveja & Mulheres, essa publicidade é realmente necessária?

Eis um assunto polêmico, mas interessante... Vamos começar A declaração da doutora em sociologia e pesquisadora da Universidade de Brasília, Berenice Bento.


“Não há sutileza, as mulheres estão ali para serem consumidas. Os anúncios revelam que a mulher é algo para servir ao homem e mostram como estamos longe de uma sociedade com igualdade de gêneros”.


Vários questionamentos podem ser levantados sobre isso: Por quê será que existe o abuso com a imagem das mulheres em propagandas de cerveja? Você realmente toma uma cerveja por causa da mulher na propaganda? Isso acontece apenas nos países latinos ou no mundo todo? Mulher em propaganda vende mais cerveja? Só homem bebe cerveja? Esse estilo de propaganda também agradam as mulheres que gostam de cerveja?




Veja alguns trechos do artigo de Marilene Felinto (escritora e jornalista) para revista Caros Amigos

"A campanha publicitária maciça e persistente intensifica-se no verão. Veiculada principalmente pelos canais de televisão, uma guerra surda vai opondo as diversas marcas de cerveja que associam ad nauseam a imagem do consumo dessa bebida à aquisição de uma mulher “boa”, “gostosa”, “redonda”, “bonita” etc.
As propagandas são de uma manipulação tão descarada que andam agora usando como símbolos de homens bem-sucedidos no consumo de cerveja (e na conseqüente aquisição de uma mulher “boa”) sujeitos barrigudos e mesmo com histórico de alcoolismo comprovado!"





"Faz alguns meses que um episódio relacionado à ascendência devastadora da propaganda sobre as mentalidades jovens me impressionou. Por ocasião da campanha da Schincariol, cujo slogan era “Experimenta”, tive oportunidade de testemunhar um grupo de meninas indo a um baile à fantasia fantasiadas de garrafa de cerveja. A parte de trás do short que usavam estampava, em letras grandes: “Experimenta”!


Diante disso, para que serve a frase inócua – “aprecie com moderação” – que “regulamenta” os tais anúncios de cerveja? Que regulamentação é essa?


O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), alterou nos últimos anos alguns de seus artigos, justamente para evitar o erotismo em propagandas de cerveja e outros produtos.




Recentemente, o assunto em pauta foi Paris Hilton na propaganda da cerveja Devassa do grupo Schincariol.
Segundo o Conar, foram suspensas as propagandas na televisão, no rádio, em mídia impressa e na internet, incluindo partes do site da Devassa Bem Loura.


Tudo isso parece ser um fenômeno das grandes cervejarias, como podemos ver nos anúncios que publicamos neste post. A ligação de verão, mulheres, praia, decotes, tudo é utilizado para aumentar o consumo masculino, mas e as mulheres que gostam de cerveja?

Provavelmente não existe nenhum dado científico que comprove o sucesso de uma cerveja devido a sua relação com sexualidade, mas em pesquisa de campo, donos de bares já afirmaram que os cartazes chamam muito a atenção e aumentam o consumo.

O uso de mulheres em propagandas de cerveja não é exclusividade das agências publicitárias nacionais, também acontece lá fora, como as propagandas da Troegs (Estados Unidos) e da Tui (Nova Zelândia).


Será que tudo isso não serve para disfarçar o conteúdo duvidoso dessas cervejas?

Claro, que estou falando do mundo cervejeiro no geral, as mais populares, por assim dizer. Pois não existem propagandas com esse tipo de apelo em cervejarias tradicionais do velho continente ou cervejas artesanais.

Não podemos nunca esquecer que o mais importante é o conteúdo, ou seja, a cerveja.

Um forte abraço